“Café com Elas” retrata força da mulher no agronegócio da região

Como forma de homenagear as mulheres pelo seu dia, os cursos de Agronegócio e de Agronomia da Fatec realizaram, no dia 27 de março, o tradicional Café com Elas, evento que reúne mulheres que se destacam nas mais diversas áreas do agronegócio para compartilhar experiências, dificuldades e conquistas em suas atividades profissionais.

A edição deste ano ocorreu no auditório da Fatec de Ivaiporã e contou com a participação das profissionais: Emanuelle Nunes, diretora do Departamento de Meio Ambiente de Jardim Alegre e professora da Fatec; Jaqueline Barbosa de Oliveira, médica veterinária e proprietária da Clínica Zoopet de São João do Ivaí; Solange Merico Pereira, produtora rural em Manoel Ribas; Raissa Fernanda Matias, engenheira agrônoma e professora do CEEP Manoel Ribas e da Fatec; Natanaely Pereira, engenheira agrônoma da Coamo de Ivaiporã; e Marcelle Mareze, médica veterinária. O coordenador do curso de Agronegócio e de Agronomia da Fatec, João Carlos Gonçalves, disse que o objetivo do evento é mostrar a representatividade que a mulher tem no mercado de trabalho e isso se reflete no número de mulheres matriculadas em Agronegócio e Agronomia, que é de praticamente 50%. “Procuramos trazer um perfil de profissionais bem diverso para que os alunos tenham uma noção bem diferenciada de como as mulheres têm conquistado seu espaço de trabalho”, salienta o coordenador.

A médica veterinária Jaqueline Barbosa de Oliveira atua no mercado há 13 anos e comenta que houve uma evolução na forma como a mulher é vista como profissional, mas que ainda é preciso avançar mais e vencer muitas resistências. “Ainda precisamos de políticas públicas e incentivos, como esse que está sendo realizado pela Fatec, para conseguir bater de frente”, cita. Ela conta que ainda existem clientes que preferem chamar o balconista, que é homem, e acreditar que o trabalho dele é melhor do que contar com a experiência da mulher, que fez anos de faculdade, pós- -graduação e especialização. “Estamos vencendo, mas ainda é um processo lento, mas estamos lutando para este cenário melhorar, para que as meninas que estão entrando no agronegócio, hoje, possam ter um futuro diferente”, salienta a médica veterinária. A agricultora Solange Merico Pereira tem propriedade em Manoel Ribas, na divisa com Ivaiporã, e diz que, hoje, as mulheres têm cada vez mais importância na atividade rural. Na propriedade de 33 alqueires, ela auxilia o marido e os filhos na parte contábil e burocrática da propriedade. “Essa parte toma bastante tempo e, com isso, eles ficam mais livres para realizar outras atividades; todas as decisões da propriedade, nós tomamos de forma conjunta”, cita. A proprietária é responsável por ir à cooperativa e fazer as compras e a comercialização. “Percebo cada vez mais mulheres frequentando esses ambientes e a importância de participar com os maridos das decisões das propriedades; poderíamos ter mais mulheres ocupando esses espaços, mas já vejo crescendo a participação da mulher”, salienta a produtora rural.

A médica veterinária Marcele Mareze destaca que, hoje, as mulheres já perceberam que podem desempenhar qualquer função na área do agronegócio, pois têm a mesma capacidade e potencial dos homens. “Quando a mulher entende do mercado, de comercialização, tem uma comunicação assertiva, habilidades e competências, consegue ter um potencial para atender as demandas do agronegócio”, cita a médica veterinária.

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