por Aldinei dos Passos Andreis
O curso de Enfermagem da Fatec promoveu, entre os dias 6 e 8 de maio, a 9ª Enf Week (Semana de Enfermagem), com o tema: “Enfermagem Sem Fronteiras”. A abertura da semana contou com a palestra da 2ª tenente da Marinha – Daniela Godoi dos Santos, que falou sobre como é ser enfermeira dentro do serviço militar. A palestra ocorreu no auditório da Fatec e foi acompanhada por alunos da graduação e de cursos técnicos em enfermagem dos colégios estaduais Barbosa Ferraz (Ivaiporã) e Reni Correa Gamper (Manoel Ribas). “Mais uma vez, apresentamos aos acadêmicos e convidados, as diversas áreas de atuação do enfermeiro, mostrando como eles podem ingressar na carreira militar e possibilitando que pensem fora do ambiente de hospital e saúde pública”, cita a coordenadora do curso, Tatiane Borzuk.
Nos outros dois dias de programação, os participantes acompanharam diversos minicursos, com temas variados como: sutura, coleta de gasometria, acesso venoso, protocolos de RCP para leigos e profissionais da área, biossegurança, entre outros. “A ideia dos minicursos é que os alunos possam colocar a mão na massa e aprender na prática e também abrir portas aos demais estudantes dos cursos técnicos, promovendo a troca de experiências entre eles”, comenta.
A palestrante do primeiro dia de eventos, tenente Daniela Godoi dos Santos, é especialista em centro cirúrgico e centro de materiais e disse que, desde a adolescência, fomentava o sonho de seguir carreira militar, mas, na época que iniciou sua graduação, não havia uma abertura grande para que mulheres ingressassem nas forças armadas. Em 2021, com o apoio de um médico da Marinha, ela resolveu realizar o concurso temporário, em que o candidato precisa ter entre 18 e 40 anos e, caso seja aprovado, pode ficar apenas 8 anos no serviço militar. “Estudei durante dez meses e consegui passar na minha primeira prova; busquei a Marinha pensando em qualidade de vida, que é um pouco melhor do que o trabalho da enfermagem hospitalar”, cita a tenente.
Atualmente, ela atua como enfermeira auditora, inclusive, a capacitação foi bancada pela marinha; dentro do serviço militar, o profissional pode atuar em uma série de especialidades, como dentro do uma unidade hospitalar, em postos de atendimento semelhantes a UBS ou missões que levam assistência médica a comunidades ribeirinhas. “Temos o Navio Esperança que faz missão em comunidades ribeirinhas levando pequenas cirurgias, vacina, pesagem, atendimento odontológico; enfim, procedimentos não muito complexos são feitos no navio, além de prestar assistência para quem não consegue chegar num hospital de grande porte”, ressalta.
Além do acesso por meio de concurso temporário, o enfermeiro pode tentar ingressar no serviço militar por concurso de carreira, no entanto, a idade limite é 35 anos, mas, nesse caso, o aprovado tem estabilidade e pode ficar no serviço militar até se aposentar.
Tatiane Borzuk
fala sobre desafios da carreira
militar
UPA: Unidos por Amor
Ainda na abertura da Semana de Enfermagem, foi apresentado a UPA (Unidos por Amor), que é um grupo de palhaçaria hospitalar formado por alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem, Psicologia e Pedagogia, que é a união do Humanizamed e do Enfermeiros da Alegria. “Esse é um trabalho bem sério, em que os integrantes realizaram uma capacitação para poder atuar em hospitais e levar um pouco de alegria, amor e carinho às pessoas debilitadas”, explica Tatiane Borzuk. A participação no projeto é totalmente voluntária e as inscrições para os acadêmicos interessados devem ser abertas nos próximos dias.
A primeira experiência do grupo ocorreu no ano passado, no dia 12 de outubro. “Ainda estávamos engatinhando com o projeto, mas esse ano ele passou a ser mais sério, está bem desenvolvido e planejado e contamos com consultoria de uma pessoa que está na Espanha e tem muita experiência com esse tipo de projeto; nossa ideia é dar sequência às atividades nesse ano”, finaliza Tatiane Borzuk.
