Curso de Direito da Fatec realiza semana de estudos sobre novas tecnologias

O curso de Direito da Fatec de Ivaiporã promoveu, entre os dias 12 a 17 de agosto, a Semana Jurídica de Estudos, que teve como tema “Imersão em Direito e Tecnologia: Novas Fronteiras do Direito”. As atividades iniciaram na segunda-feira, 12 de agosto, com o tema: Mapeando o Futuro: Interfaces entre Regulação da Inteligência Artificial e Proteção de Dados Pessoais, que foi ministrada pelo advogado Eduardo Lincoln.

Na terça-feira, 13 de agosto, o tema da palestra foi Aspectos Práticos da Investigação Defensiva Criminal e suas Novas Tecnologias, ministrada pelo advogado criminalista e detetive particular Thiago Rodrigues.

Na quinta-feira, 15 de agosto, o tema abordado foi Trabalho, Emprego e a Relação com as Plataformas Digitais, com as plataformas de serviços como Uber e Ifood, com o advogado João Paulo Rodrigues. Na sexta-feira, 16 de agosto, foi realizado um minicurso na área de LGPD e a programação foi encerrada no sábado, 17 de agosto, com o tema Inteligência Artificial e Mediações. “Essa é a primeira vez que um curso da Fatec realiza uma semana cheia com palestras, aulas especiais, workshop e minicursos e onde abordamos diversas vertentes sobre o tema Direito e Tecnologia”, comenta a coordenadora do curso, Tainara Conti Peres.

A coordenadora destaca que esse é um tema muito importante e, apesar de novo, é um ramo muito promissor do Direito e a ideia do evento foi justamente despertar nos alunos o interesse de aprofundamento no estudo sobre esse tema e, especialmente, mostrar a eles uma nova área que começa a ganhar muito corpo dentro do Direito. “O objetivo da semana sempre é trazer assuntos atuais e que, às vezes, podem ser aprofundados durante uma semana como essa”, cita a coordenadora.

Um dos palestrantes do evento foi o advogado criminalista, Thiago Rodrigues, que apresentou aos alunos um tema novo na atuação do advogado, que é a investigação defensiva, em que o profissional do direito realiza uma investigação própria para levantar elementos que podem ser fundamentais à defesa do cliente. “Antigamente, a premissa da investigação ficava a cargo da polícia e os órgãos oficiais do estado, mas, hoje, os advogados podem utilizar desse expediente, em que a investigação não é apenas para encontrar provas para a acusação, mas também para que o advogado possa produzir elementos para a defesa”, salienta.

O palestrante comenta que o advogado precisa estar atento às novas tecnologias e saber utilizá-las em favor do seu trabalho. “Essas novas ferramentas rompem com o paradigma do profissional tradicional que atua somente nas petições ou nos autos; temos uma gama de acessórios, instrumentos e aparatos e o advogado precisa ter uma visão diferente e maior do que apenas a acusatória do processo”, salienta.

Para ele, o advogado atual precisa saber o uso dessas novas modalidades, senão estará fora do mercado. “O advogado não tem apenas que conhecer, mas saber usar esses novos elementos disponibilizados pela tecnologia para conseguir fazer uma defesa coesa do seu cliente”, frisa.

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